Programa Documentos da Amazonia, exibe documentario sobre
o Governador João Nogueira da Mata
o Governador João Nogueira da Mata
João Nogueira da Mata, cumpriu com brilhantismo sua passagem terrena, sem nunca ter ambicionado os galardões da imortalidade. Subiu os degraus acadêmicos com perfeições e maestria do vernáculo.
Hoje já não entre nós, mas continua transpirando dogmatísmo em suas obras. A sua literatura foi seu recreio obedecendo a cânones irreversíveis de todo o nosso tempo. Tanto na intelectualidade bem como no meio político do Estado do Amazonas, escreveu sua história.
Foi figura por demais conhecida nos meios sociais, político e culturais do nosso Estado, representando na época, toda a sua larga experiência como administrador. Desde cedo revelando-se um homem preocupado com o destino do seu Estado e do seu povo. Também de letras das mais respeitadas, considerado incorrigível devorador de livros. Pontuou suas obras com absoluto equilíbrio e serenidade. Foi e será sempre lembrado pela honestidade.
O político – Na vida política ensaiou seus primeiros passos como Presidente do Diretório da Faculdade de Direito e orador de sua turma, como Presidente da Juventude Estadual Católica elegeu-se Deputado Estadual Constituinte em 35, perdendo o mandato em função do golpe de Estado desferido por Getúlio Vargas que naquele ano de 37 fechou o Congresso Nacional e Assembléias Legislativas nos Estados, nomeando inclusive interventores aos governos dos Estados. Nesse lapso de tempo, foi lecionar no Colégio Dom Bosco, de cujo estabelecimento foi fundador e Orador Oficial no ano de seu cinqüentenário. Por convite de Arthur Reis, foi lecionar Direito na Faculdade de Direito,cuja estadualização verificou-se com a coleta de assinaturas de sua iniciativa juntos aos demais Deputados. Em 46, por ato nomeatório do Presidente da República Eurico Gaspar Dutra, investiu-se nas elevadas funções de Interventor Federal, por duas vezes. No ano de 1948, foi convocado à sua terra, seus legítimos interesses, quase postergados pelo Poder Central, que nunca olhava os problemas do Amazonas com a responsabilidade devida, parecendo até que o Brasil compreendia apenas as regiões Sul e Sudeste, as mais aquinhoadas de sempre. Tal mentalidade, a rigor, está em processo de transformação no Governo do Presidente Lula, que tem olhado para o extremo-norte maior desvelo e consciente da necessidade de desenvolver uma região e, de modo particular o Estado do Amazonas, desde a débâcle da borracha vivia em processo acelerado de degradação, de estagnação permanente. Na década de 50, na Secretaria - Geral do Estado foi incumbido da responsabilidade de organizar as Secretarias, antes denominadas de Departamento de Diretorias, sob a coordenação geral de técnicos da Fundação Carlos Ébole.
Abrahim Baze
Fonte:
http://portalamazonia.locaweb.com.br/sites/documentos/noticia.php?idN=28113